quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

KEROUAC ESTARIA ‘MUITO SATISFEITO’ COM KRISTEN STEWART E GARRETT HEDLUND EM ‘ON THE ROAD

Diretor Walter Salles teve razoes para escolher Stewart, Hedlund e Riley para interpretarem personagens icônicos. “Bem, a ironia disto tudo é que Marylou (personagem de Stewart) tinha uns 17 anos em ‘On the Road’ e Kristen Stewart meio que parece com o que eu imaginava como ela se parecia,”diz Dennis McNally, historiador do Grateful Dead e autor de ‘Desolation Angel’, a biografia definitiva de Kerouac. “Eu encontrei Salles, o cineasta. Ele estava fazendo um monte de pesquisas avançadas. E enquanto ‘On the Road’ como um projeto cinematográfico sempre pareceu uma fria para mim – (Francis Ford, diretor de ‘O Poderoso Chefão’) Coppola tem tentado faze-lo desde os anos 70 – Eu o desejo bem.”
A primeira vista, parece uma má escolha escalar o cara-de-bebê Riley como o alterego de Kerouac e o de aparência inocente e olhos azuis Hedlund como o comparsa de Kerouac, Neal Cassady, um carismático tagarela veloz. ‘On the Road’ também é completado por talentos veteranos como Viggo Mortensen, Terrence Howard, Amy Adams, Steve Buscemi e Elisabeth Moss. E aí temos Kirsten Dunst.
McNally está certo de que o escritor Beat aprovaria. “Kerouac queria ver seu filme feito,” ele diz. “Ele esperava por Brando na época. Mas eu acho que ele estaria satisfeito.”
O projeto de Salles, que foi filmado ao redor do mundo, do Arizona, California e Louisiana a Argentina, Canadá e México, ainda tem que recorrer a um distribuidor americano mas é esperado para ser lançado no final deste ano.
O filme esteve parado na pré-produção por décadas. Coppola comprou os direitos nos anos 70, e Brad Pitt e Colin Farrell foram colocados em questão para os papéis principais em diferentes pontos da jornada do livro para as telonas. Marlon Brando foi escalado uma vez para fazer Dean Moriaty. Em uma carta de 1957 escrita por Kerouack para Brando, descoberta enquanto o filme de Salles estava em produção, Kerouac escala ele mesmo os papéis:
“Eu estou rezando para que você compre ‘On the Road’ e faça um filme disto. Não se preocupe com a estrutura, eu sei comprimir e reorganizar um pouco a trama para dar a ela uma estrutura de filme perfeitamente aceitável: fazê-la em uma única viagem inclusiva ao invés de várias viagens como no livro, uma vasta viagem de Nova York a Denver a Frisco ao México a Nova Orleans e Nova York de novo. Eu visualizo as lindas tomadas que poderiam ser feitas com a câmera no banco da frente do carro mostrando a estrada (dia e noite) desenrolando no para-brisa, enquanto Sal e Dean se divertem.”

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