KEROUAC TRABALHARIA NO FILME “ON THE ROAD”?

Jack Kerouac tem uma relação de amor-ódio com os tipos de Hollywood. Eles amavam ferrar com seu trabalho, e ele os odiava por isso.
O único grande filme feito a partir de um de seus livros, enquanto ele ainda estava vivo foi “The Subterraneans”, um romance sobre um caso de amor entre um homem branco e uma mulher negra, que, como a maioria de seus livros, foi baseado na própria vida de Kerouac.
Relação de amor e sexo interracial – uma coisa bem apimentada para os anos 60.
Mas quando o filme foi feito, foi estrelado por George Peppard e Leslie Caron. Ambos são brancos! Oh la la.
Kerouac nem pode reclamar, por que o projeto deu certo e ele pode pagar suas contas – ele fez muito pouco pela aprovação. Compreensivelmente, toda a experiência “lhe deixou sentindo amargurado” para Hollywood, disse o pesquisador Gerald Nicosia, autor de “Memória Babe: uma biografia crítica de Jack Kerouac”, e no futuro “One and Only: The Untold Story” e “On The Road” de Pressione Berkeley Cleis.
Então, se Kerouac ainda estivesse vivo (ele morreu em 1969 aos 47 anos) e sua opinião não mudou, é improvável que ele teria abraçado uma versão cinematográfica de “On the Road”. Mas o filme foi filmado, e está surpreendendo com os esforços que estão sendo feitos para tentar garantir que esta será a primeira adaptação bem sucedida de uma obra de Kerouac.
Como parte de minha pesquisa para a história, eu li o texto do pergaminho original de “On the Road”, que Kerouac escreveu em 1950. O romance foi publicado em 1957 e é mais curto e mais polido que um inventário. O que impressiona você mesmo em sua forma bruta é a linguagem. Sim, a batida. Era tão grande o avanço em seu tempo para a sua invenção e franqueza – que será fascinante ver como os cineastas captaram isso. Há alguns que acham que não pode ser feito, a narração é considerada por muitos como a mais fraca de técnicas de narrativa do filme.
Os produtores não responderam aos pedidos de informações sobre o filme. De fato, tem sido muito pouco falado sobre ele em qualquer lugar, mesmo que o projeto envolva uma equipe de primeira linha de Hollywood e grandes estrelas.
Contraste isso com o último filme feito sobre uma outra figura emblemática de San Francisco: “Milk”.
Essa produção foi como uma grande festa pública com as multidões se reunindo para assistir as filmagens. Vá para o Castro hoje em dia e os homens ainda estão falando sobre o dia em que os atores Sean Penn e James Franco (ambos heterossexuais) foram filmados ficando… tomada pós tomada.
As localidades ao redor da cidade foram transformados de volta para os anos 1970 para “Milk”, acrescentando o entusiasmo sobre o filme. Um casting enorme reuniu centenas de pessoas em City Hall para filmar a morte de Milk.
A produção muito pública acabou por levantar uma enorme expectativa para o filme.
Então, uma coisa incomum aconteceu. “Milk” foi entregue sobre essas expectativas. Oscar e outros prêmios caíram do céu, quando o filme foi exibido no Castro Theater, esgotou, e ao sair do cinema, ninguém estava com o olho seco.
“On the Road” está tomando um caminho decididamente mais silencioso. É uma abordagem que irá ajudar a gerenciar as expectativas dos fãs de Kerouac. Mas isso levanta uma questão. Por quê?