
Cult. Em 1957, Jack Kerouac revolucionou a literatura mundial com “On The Road”, o texto evidente e culto da Geração Beat. Muitos cineastas tentaram adaptar este diário autobiográfico do autor cruzando os Estados Unidos por conta própria. Francis Ford Coppola não conseguiu, mas ele não desistiu: ele foi ao Brasil para achar o cineasta Walter Salles para dar a ele o projeto e produzi-lo. Depois de filmar o épico em motocicleta do jovem Che Guevara pela América Latina, Salles rastreou os traços vagabundos. O creme das novas gerações de atores, entre eles Kristen Stewart que muda de registro depois de Crepúsculo, interpretando um jovem em busca de liberdade. “On The Road é uma história universal, um dos filhos do imigrantes que não encontraram seu lugar na cultura puritana dos anos 50,” disse o diretor. “É também o fim da conquista do Oeste e, com ela, um pouco do sonho americano. Nosso período pode dar essa sensação de que fizemos tudo, visto, classificado. E não há nada para decodificar.”
Emblemático. “Eu descobri ‘On The Road’ quando eu era um adolescente no Brasil, sob a ditadura militar”, disse o diretor de ‘Central do Brasil’. “O livro não estava traduzido então eu o li em inglês. O livro passou pelas pessoas na universidade. Para mim, sempre será um trabalho emblemático: A Geração Beat definiu a maneira que vivemos ou a maneira que nós gostaríamos de viver”. O desafio parecia ser impossível e ainda, Walter Salles ganha de longe: dá ao filme um vento incrível e belo de liberdade, que não pode deixar insensível em Cannes.
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